O documentário mais recente da Pamela Yates, REBEL CITIZEN, te leva em uma trajetória reveladora do trabalho documental político do cineasta premiado duas vezes pelo Oscar: Haskell Wexler, permitindo que o artista e ativista veterano compartilhe sua visão em como ser um cidadão do mundo. Criado para o Cinéma du Réel Festival em Paris, o filme foi escolhido para o New York Film Festival como surpresa e terá sua estreia mundial no dia 6 de Outubro de 2015.
Em REBEL CITIZEN, Wexler conversa sobre suas crenças políticas progressistas e sua arte com tamanha lucidez e franqueza que se adquire apenas com experiência conquistada e sabedoria da idade. “Existem muitas maneiras de olhar o mundo,” Wexler diz, “que não é apresentado a nós como coisas importantes.” Em REBEL CITIZEN nos vemos o mundo pelos olhos de Wexler enquanto ele narra sua evolução como um artista e ativista. Você ira ouvir sobre um dos seus primeiros documentários, THE BUS de 1963, filmado com ativistas de direitos civis enquanto viajavam o país a caminho da Marcha de 1963 em Washington, onde Dr. Martin Luther King Jr. deu seu discurso histórico “I Have A Dream”. O filme tem grande ressonância hoje com a ascensão do movimento Black Lives Matter. Ele fala extensivamente sobre a inovação do MEDIUM COOL, um dos filmes híbridos originais, onde ele filma seus atores no meio da revolta policial na Convenção Nacional Democrática de 1968; você descobrirá que enquanto Haskell filmava UNDERGROUND, sobre os fugitivos radicais de Weather Underground, ele perdeu seu emprego como cineasta em “One Flew Over the Cuckoo’s Nest” quando a FBI compareceu no set para lhe investigar.
Mais que uma retrospectiva do trabalho de uma lenda, contudo, REBEL CITIZEN pergunta, “O que significa ser um patriota?” Haskell não encara suas críticas sobre o governo americano como antiético do patriotismo – de fato, são estas críticas que fazem dele um patriota. “Eu não crítico o governo por si, eu pergunto para o governo, ‘Quem você representa? Você representa as pessoas? Ou você representa os interesses privados?” O estilo íntimo de entrevista da Yates com as respostas bruscas e as vezes irrelevantes de Wexler, gera um diálogo fascinante em documentários políticos, e o comprometimento que todo cidadão americano deveria fazer em melhorar os Estados Unidas. “Eu não estou pronto para entregar nosso país para qualquer pessoa, sabe?” diz Wexler, “e é isso.”